domingo, 2 de setembro de 2007

" Metades "




Por todas as metades que há na vida, eu choro...
Por seus desencontros...
Pelos minutos de atraso no ponto de ônibus...
Pelo avião que se perde...
Pelo beijo que não se rouba...
Pelo dia, que caminha solitário ao encontro da noite e, em seu colo jamais desperta...
Pelo sol, cuja luz ilumina a lua e, assim poder com ela compartilhar os seus efeitos...
Lamento pelo deserto árido que não encontra seu oásis e, sedento, se espalha em prantos...
Eu choro a solidão do mar, gigante em suas buscas e perdas constantes...
Mas, de todas as metades desencontradas, eu choro mais pelas almas gêmeas, que desgarradas dobraram esquinas em sentido oposto...
Lamento a palavra não dita, o grito não dado...
A música não ouvida...
O poema não recitado...
Minha dor vai se espalhando e toma minhas mãos...
As mesmas que acenaram após a partida e, que juntaram com cuidado a areia que esculpiu tuas pegadas...
Toma conta de meus olhos...
Que cheios d'água perderam os teus...
E numa questão de segundos,
Só enxergaram a estrada vazia...
Perco-me enquanto busco...
Já não me reconheço...
Já não encontro o caminho...
Já não sonho...


Espero apenas que me resgates...
Não demores, te espero há tantas vidas...

Um comentário:

ThAiS disse...

Amigaa...esse texto é lindo...a foto tbm tah perfeitaa viiu...
seila...ñ tenho mt o q dizer...ainda mais nesse momento...
apenas esperar...devemos crer q td é possíveel...
amo-tee best!!!!